Livro: DEUS e Sua Criação

 É visto nos altares muitas transferências dogmáticas passadas de forma equivocadas. Muitos líderes, que outrora aprenderam a Bíblia através de correntes religiosas fora dos contextos históricos e culturais, acabaram ao longo de suas jornadas, transmitindo estes mesmos equívocos para seus discípulos. Alguns destes líderes, creio eu, o fizeram por inocência, pois estes não possuíam informações ou formações necessárias para tal entendimento, mas possuíam unção de Deus que os conduziam sempre a verdade, e em suas humildades reconheceram suas faltas e as retificaram, trazendo novamente a GLÓRIA DE DEUS para seus ministérios. Contudo, muitos ministros mal intencionados, os mercenários da fé, ignoraram a relevância da Palavra, a ortodoxia, a ortopraxia, o culto racional, a exegese a hermenêutica bíblica, a revelação do Espírito Santo, o Discernimento do Espírito, o Conhecimento e a Sabedoria (dons espirituais atribuídos aos serviços de Cristo para o trabalho no que lhes foi confiado, e para o ensino da Igreja de Cristo) para levarem a Igreja de Cristo a apresentarem cultos místicos, aceitando em seus templos físicos, a mesma sensualidade das prostitutas cultuais de Corinto, ignorando a correção contra as obras da carne para que em troca pudessem receber dízimos profanos, para pagarem seus próprios salários de astros.

  Essas doutrinas de demônios implantadas por estes tais, como a própria Bíblia às descreve no livro de 1 Timóteo 4:1, têm sido ensinadas até os dias de hoje, causando um verdadeiro reboliço religioso, colocando jugo sobre os ombros dos discípulos de Jesus, no qual, Ele mesmo as retirou, trazendo com tais obras, a permissividade para o adultério, a cobrança por ministrações e orações, a prostituição nos altares e muitas adorações à ídolos onde era para ser Culto de adoração o Deus vivo.

  O cumprimento de todas as Leis por Jesus, deu-lhe autoridade na Terra de reformar OS mandamentos Veterotestamentário, dado por Deus ao seu Servo Moisés. Esse ato fez uma reforma no sacerdócio transitório e insuficiente, que outrora necessitava de sacrifícios animalescos a cada absolvição do pecado cometido, por um sacerdócio Eterno, o Neotestamentário, no qual, Ele mesmo se fez oferta em um sacrifício perpétuo, perfeito e suficiente para que fôssemos remidos por toda a eternidade enquanto estivermos nele.

  É sabido que a palavra religião deriva do latim religare. Este verbo significa "religar, atar, apertar, ligar bem", essa definição liga palavra "religião" ao verbo religare. Embora romântica, a ideia é que a religião ataria os laços que unem a humanidade à esfera divina.De acordo com Santo Agostinho, também conhecido como Aurélio Agostinho de Hipona, que foi um dos mais importantes filósofos e teólogos da história, desempenhou um papel fundamental na concepção do pensamento cristão medieval e na filosofia patrística. Se explorarmos brevemente a relação entre "religare" e Santo Agostinho, ele apresenta o caminho da "via interior" no encontro do homem com Deus relatada em sua obra "A Verdadeira Religião" por volta dos anos 390, logo após sua conversão ao cristianismo em 387. Santo Agostinho uniu a filosofia à teologia. Ele acreditava que a filosofia e a religião poderiam se complementar na busca pela verdade. Agostinho defendia que a razão humana era limitada e que a verdade absoluta só poderia ser alcançada através da revelação divina. Suas ideias influenciaram profundamente a filosofia e a teologia cristã, mas se consolidou como um todo na cultura ocidental.

  Agostinho explorou o encontro entre filosofia e religião, buscando compreender a verdade e reconciliar fé e razão. Suas reflexões continuam relevantes nos dias de hoje, e sua influência perdura na história do pensamento humano. Porém a ideia de religião não define a adoração exigida por Deus em sua totalidade. A onipresença de Deus Transcende a todos os lugares, e devemos ter ciência da onipresença de Deus. Ele está em todos os lugares, um Deus para todos, mas um Deus particular ao mesmo tempo. Um Deus que não se limita ao kairós, mas adentra dentro do Cronos para receber nossa adoração. É um Deus que procura adoradores para bendizê-lo. É um Deus que habita nos meios dos Tehilim. De acordo com meu professor Natanael Solis, Tehilim é uma canção de exaltação que transcende o discernimento humano em relação ao Deus Soberano, louvado por Sua grandeza, glória, bondade, misericórdia e compaixão demonstradas as Suas criaturas, é aquela canção de adoração que vai além do corpo humano religioso, religando seu Espírito ao Espírito de Deus através de sua verdadeira entrega, e quando atingida, a graça se revelar pois, ele habita no meio dos Tehilim, no meio dos cânticos de Israel.